Foto: Gestão Reconvexando, Gestão Maloca Queer e Comissão Eleitoral.
O Movimento Estudantil da Museologia no Recôncavo Baiano dá
mais um grande passo em sua auto-organização na tarde desse grande dia, dia segundo
do mês de abril do ano mais agitado da política desse século XXI no Brasil, o
ano de 2014.
Foi empossado o mais novo Diretório Acadêmico, a agora Gestão:
Maloca Queer. Estavam presentes a antiga gestão (Reconvexando a Museologia) e a
nova gestão (Maloca Queer), além das representações da Comissão Eleitoral e
estudantes do curso de maneira geral.
Para alguns, o sentimento de missão cumprida, ainda que
incompleta diante de nunca satisfeitos somente (e nem de longe tão pouco fora
feito!) com as metas alcançadas, tantas outras foram almejadas diante do interminável
trabalho que é o campo museológico e a militância social na vida daqueles (as)
que fizeram a escolha de ir a contramão do que nossa sociedade quer nos
condicionar, que busca constante-e-maldosamente transformar-nos em
profissionais tecnicistas e frios às causas sociais, academicistas do vazio e
de meritocratas mesquinhos e cegos ao mundo que nos cerca.
As palavras ditas da antiga gestão refletem nossos anseios,
a de que ainda que muito exista a ser feito, muito se fora alcançado! O nome da
museologia nacional sabe quem foram/são os (as) estudantes da museologia no
Recôncavo, região essa tão rica do território baiano, e a Gestão Reconvexando
deixou sua profunda marca e estreou na conjuntura estudantil nacional a mais
poderosa área da museologia no Encontro Nacional de Estudantes de Museologia (o
6º ENEMU – Cachoeira, nossa terra!), hoje denominada de museologia social ou
sociomuseologia, e o papel desta e do (a) seu (sua) profissional/agente na
transformação de uma sociedade mais equitária e que cumpra seu papel de agente
ativo (a) e crítico (a) nessa busca, além de garantir a representatividade das
minorias historicamente excluídas da memória preservada que é o espaço museum.
A
gestão Maloca Queer dessa maneira surge como o legítimo herdeiro dessa geração
que representou um divisor de águas da conjuntura e na mudança de eixo da
discussão dentro do espaço que forma os (as) novos (as) profissionais que
ocuparão em breve as instâncias máximas de nossa área, não somente no estado
brasileiro como no contexto latino-americano, e porque não dizer, na amplitude
mundial!
Na posse, que também fora uma Assembleia Geral, foram
definidas também já importantes trabalhos que a nova gestão se compromete para
retomada do protagonismo estudantil daqueles (as) que compõem a estudantada do
curso em contexto local (CAHL e UFRB) e nacional (EXNEMUS e outros espaços,
sejam os que nós são dados, sejam aqueles que devemos TOMAR e garantir a nossa
voz!).
Algumas tomadas de decisões estratégicas foram feitas, como
a comissão de revisão do Estatuto, nosso documento máximo, o comprometimento na
criação de um curso de formação de direito estudantil, e os nomes da nova
representação no colegiado do curso, e por fim a data da próxima Assembleia Geral,
para agilizarmos os trabalhos a serem feitos.
Um novo horizonte se mostra, mas uma longa caminhada já fora
dada, restando aos (às) novos (as) representantes o aprendizado de tudo já
construído e a ousadia “fechativa!” para seguir em frente, e como já dizem
os (as) zapatistas, à Esquerda e com a Base!
Cachoeira, 02/03/2014
Texto da Nova Gestão: Maloca Queer.
